“Corpos Marcados” viaja aos lugares mais remotos do mundo, para se infiltrar em algumas das sociedades mais secretas, mergulhando o telespectador em culturas espantosas e costumes que se baseiam em rituais onde se adota uma marca ou uma tatuagem – símbolos de aceitação dentro de uma sociedade fechada.
Nesta série, vamos ter acesso sem precedentes a grupos ultrasecretos como os Yakuza japoneses, que existem há 600 anos, unidos pelas marcas que compartilham. Conheceremos ainda uma comunidade cubana clandestina de tatuadores, onde a tinta faz seu trabalho em becos e porões, e a comunicação é feita através das marcas do corpo.
1 - A GAIOLA DO DIABO
Cada tatuagem feita na prisão tem um significado: religião, drogas, gangues, e inclusive a busca pela liberdade, gravada para sempre em tinta. Durante séculos, as subculturas, que vão desde antigos guerreiros até bandos poderosos, se organizaram em torno de símbolos gravados em sua pele. Na prisão, fazer uma tatuagem é um ritual. Dentro desta sociedade depredadora, as tatuagens são uma linguagem que pode proteger ou incitar à violência. Estas marcas trazem o sentido de pertencer ou de lealdade.
Para as gangues dos “motoqueiros fora-da-lei”, as tatuagens são prova de aliança e dedicação. Eles vivem sob suas próprias leis, fora dos limites da sociedade. Corpos Marcados nos leva dentro de três destes clubes clandestinos seletos para examinar a quantidade de tinta que os diferencia do resto. Conheça rituais nunca vistos, e veja como os seus membros recebem marcas permanentes, cheias de uma iconografia obscura e diabólica. Os motores vão rugir enquanto tentamos decifrar os significados ocultos de algumas das imagens mais populares entre estes motociclistas.
Não existe nenhum grupo criminoso no mundo que esteja mais identificado com as tatuagens do que a máfia dos Yakuza no Japão. Neste episódio de Corpos Marcados, entraremos no grupo mais clandestino do Japão e veremos de perto os seus impressionantes trajes de corpo inteiro, feitos com tinta, e que são hoje o símbolo mais representativo dos Yakuza. Escondidos por trás destas marcas de tinta, se encontram segredos sangrentos provenientes das histórias dos samurais: guerreiros violentos, imagens do inferno e predadores que vão desde tigres até dragões. Conheceremos ex-membros do grupo Yakuza que compartilham suas histórias criminosas, o significado de suas tatuagens, e a dor que experimentaram após tatuar o corpo por inteiro, sendo às vezes espetados por várias agulhas de uma vez.
Os guerreiros militares dos Estados Unidos utilizam a tinta para dar significado à sua vida secreta. Símbolos codificados indicam a participação ou a filiação a uma elite bem treinada. As tatuagens refletem as lutas travadas e os amigos perdidos. Das costas da França às selvas do Vietnã, das montanhas do Afeganistão até as ruas sujas do Iraque, os soldados se prepararam para fazer o último sacrifício por seu país. Neste episódio de Corpos Marcados, exploraremos a origem das tatuagens militares, desde os antigos guerreiros do Império Romano até os fuzileiros navais que trouxeram a tinta às costas americanas. Conheceremos as histórias dos veteranos e dos homens que ainda se encontram prestando serviço à milícia, seus combates e sobrevivência, ao decifrarem para nós as tatuagens em seus corpos.
Nas prisões da Rússia, as tatuagens dizem tudo: revelam os crimes cometidos e as penas recebidas. Estes trabalhos artísticos, detalhados e sombrios, fazem parte de uma linguagem secreta que contém informações vitais e podem significar a diferença entre poder e submissão. Corpos Marcados entrará nas famosas prisões da Rússia para revelar os símbolos usados pelos criminosos mais rudes, pertencentes à gangue dos “Ladrões por Afinidade”, que controla as prisões dentro e fora das suas grades de ferro. Serão decifrados os mistérios e o significado por trás da tinta encontrada nos corpos de ex-condenados violentos e de criminosos que ainda cumprem suas penas, e que revelam a sua terrível e brutal condição dentro das prisões russas.
No sudeste da Califórnia, as tatuagens em tons de preto e cinza conectam uma cultura que teve início nos bairros de Los Angeles em 1940 e que ainda hoje existe em suas ruas movimentadas. Entre o sol e as palmeiras, a tinta marca território e serve como lembrança do sangue derramado nas ruas. Corpos Marcados se aprofundará nas origens destas tatuagens características de Los Angeles, nascidas em grupos violentos de ex-presidiários e gângsteres da Califórnia. Freddy Negrete é um dos pioneiros do estilo de tatuagem Chicano, e nos levará a uma viagem exclusiva dentro deste mundo.