É uma pergunta intrigante, pois pessoas com diabetes apresentam dificuldade na cicatrização, independente de falarmos em tatuagens ou simples machucados. Mas a grande questão é: a pessoa com diabetes pode fazer uma tatuagem?
De acordo com o endocrinologista Durval Damiani, chefe da Unidade de Endocrinologia Pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FM/USP, a pessoa com diabetes, uma vez controlada, não apresenta problemas de cicatrização e nem está predisposta a infecções. “A contaminação resultante de um procedimento realizado por pessoas não habilitadas pode incluir desde uma discreta infecção no local, até hepatite viral e AIDS”, explica.
O ato de fazer tatuagem é considerado um processo invasivo, justamente porque o organismo humano interpreta que o material inserido na pele pode ser um composto “intruso”, mas, de acordo com o Dr. Damiani, “qualquer pessoa corre o risco de uma infecção, não somente pessoas com diabetes”.
Porém, vale ressaltar que o quadro infeccioso em um paciente com diabetes é muito mais grave do que em uma pessoa normal, porque resulta na descompensação, fazendo com que o controle da glicemia seja mais difícil. Então, antes de tatuar, a pessoa precisa ter certeza que a diabetes está controlada, não comprometendo, assim, o tratamento.
O outro lado da história
Agora, uma dica valiosa para as pessoas que têm diabetes:
“Caso esteja realmente decidido, opte primeiro por uma tatuagem pequena, para observar o corpo e suas reações. As pessoas cuidam na primeira semana, depois se esquecem. Já atendi casos graves de infecção no meu estúdio, tanto de tatuagem, quanto de piercing. No entanto, nenhum desses casos era de uma pessoa com diabetes. Não há uma regra. Todos devem se cuidar”.
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